O Volkswagen Jetta G5 desembarcou no Brasil no segundo semestre de 2006, já como linha 2007, marcando o início oficial da comercialização do sedan que nunca tinha sido vendido no mercado brasileiro.
Ele foi cotado para atuar abaixo do Passat e recolocar a montadora no confronto dos sedans médios, já que o Santana não seria mais produzido.
Fabricado no México, o Volkswagen Jetta G5 foi oferecido em carrocerias sedan e perua, e foi o mais próximo que o consumidor brasileiro conseguiu chegar do tão sonhado Golf de quinta geração, descartado para o Brasil por conta do preço elevado que teria no país, já que o hatch não era produzido no eixo americano como seus irmãos.

Design
Enquanto a quarta geração do Jetta, que chegou a ser vendida no Brasil com o nome de Bora, trazia um design próprio com algumas diferenças em relação ao Golf Mk IV (velho conhecido do consumidor brasileiro pelo apelido de “Golf sapão”), o Volkswagen Jetta G5 realinhou o sedan ao hatch que o originou, trazendo apenas diferenças mínimas.
Com as devidas exceções das traseiras de cada carroceria, as linhas da dianteira tanto do sedan quanto da perua são muito próximas às do hatch, diferenciando-se pela grade, para-lamas e para-choque frontal que, no Jetta, são mais alinhados com as peças da versão GT do Golf, posicionada abaixo do GTI com uma pegada esportiva mais leve.
A dianteira traz os mesmos faróis do Golf de quinta geração, em forma de trapézio arredondado, sempre com foco duplo e detalhes cromados. A grade central faz um discreto U com acabamento cromado e filetes horizontais ostentando o emblema da VW ao centro, tudo integrado ao para-choque que traz três aberturas na parte inferior e espaços para os faróis de neblina.
De lado, os para-lamas são diferentes dos usados no Golf por um mínimo vinco que percorre toda a lataria até a traseira e as janelas são contornadas por frisos cromados.
Na traseira do sedan, as lanternas horizontais invadem o porta-malas e são iluminadas por LEDs

Já o Jetta Variant (perua) traz peças que usam lâmpadas convencionais. Em ambos os casos, a placa de identificação fica na tampa do porta-malas.

Por fim, em 2010, a carroceria perua recebeu o facelift do Golf considerado como sexta geração, com novos faróis de acabamento sempre em máscara negra, interligados pela nova grade mais fina, e o mesmo para-choque do hatch com uma única porção central em preto fosco na parte inferior.
Não compre um Jetta G5 usado antes de consultar o histórico!
Carros usados, principalmente os mais antigos podem ter sido batidos, roubados, multados, ter restrições, débitos, entre outros problemas que dificultam a transferência ou te fazem perder dinheiro. Por isso, antes de comprar, é melhor consultar.

Prefere testar antes? Comece pela consulta grátis!
Mecânica
Construído sobre a plataforma PQ35, também usada nas segundas gerações dos Audi A3 e TT, o Volkswagen Jetta G5 foi oferecido no Brasil somente com o motor 2.5 aspirado de cinco cilindros a gasolina e câmbio automático de seis marchas.
Inicialmente, o motor da linha EA855 gerava até 150 cv e 23,3 kgfm, mas passou para até 170 cv e 24,5 kgfm nos anos seguintes, após pequenas alterações feitas pela fábrica.
mais, freios a disco nas quatro rodas e suspensão traseira independente são padrão.
Veja também as avaliações completas que nós fizemos sobre os principais concorrentes diretos do Volkswagen Jetta G5:
- Chevrolet Vectra G3 (2006-2011) – Avaliação, review e opinião;
- Nissan Sentra G7 (2014-2020) – Avaliação, review e opinião.
Interior
Apostando em sobriedade e qualidade de construção, o interior do Jetta de quinta geração é visualmente simples.
O cluster de instrumentos traz um layout bastante convencional com quatro mostradores analógicos, sendo dois maiores e dois menores, envolvendo a tela do computador de bordo multifuncional ao centro.
O volante de três raios tem a pegada em couro e alguns poucos controles em um design excessivamente conservador. Há uma boa quantidade de superfícies macias ao toque no painel e nas portas, por exemplo.

No console central, dependendo dos opcionais escolhidos no ato da compra, o Jetta de quinta geração pode vir equipado com um rádio convencional ou uma central multimídia, enquanto. Já os comandos do ar-condicionado digital eram de série.
Na base do console, há um porta-objetos e duas pequenas alças que foram instaladas para ajudar o passageiro a se segurar. As portas trazem toda a parte de contato com o braço em couro e há saídas traseiras de ar-condicionado.
Tecnologia
O Jetta G5 foi oferecido no mercado brasileiro em versão única e alguns pacotes de opcionais.
Os itens de série incluem:
- Seis airbags;
- Controles de tração e estabilidade;
- Faróis e lanternas de neblina;
- Rodas aro 16 em liga leve;
- Ar-condicionado digital de duas zonas com saídas traseiras;
- Volante multifuncional com ajustes de altura e profundidade;
- Sensores crepuscular e de chuva;
- Rádio com CD Player;
- Direção elétrica.
Os opcionais incluíam teto solar, faróis bixenon adaptativos e direcionais, rodas aro 17, bancos em couro com aquecimento para os dianteiros, entre outros.

Principais pontos fortes
Direção
O Jetta de quinta geração foi o primeiro da história do modelo a receber suspensão traseira independente. Junte isso ao raro motor de cinco cilindros (que também agrada aos ouvidos com um ronco singular) e você terá um carro que é referência em prazer ao dirigir até os dias de hoje, quase 20 anos após seu lançamento.
Equipamentos
Projetado para mercados exigentes, o Jetta G5 já trazia, em 2006, recursos que só vieram a se popularizar muito tempo depois, sendo que alguns deles continuam restritos a carros de luxo. É uma das melhores escolhas para quem gosta de modelos recheados de comodidades.
Acabamento
O interior do Jetta G5 traz um esmero no acabamento que os sucessores desconhecem – e são criticados por isso. Se não há ousadia ou modernidade no visual, a cabine busca compensar com uma montagem primorosa e a escolha certa de materiais para a categoria e, principalmente, o preço do carro.
Principais pontos fracos
Manutenção
Quantos carros equipados com motores de cinco cilindros você conhece? Poucos, pois, em vista de motores de quatro ou até de seis cilindros, os de cinco são bem raros mesmo.
Em sua maioria, são modelos muito caros atualmente ou que já foram muito caros quanto novos. Não é um dos blocos mais fáceis de se cuidar e pode exigir bastante paciência (além de dinheiro, é claro) na hora de encontrar peças ou mão de obra capacitada.
Tenha isso em mente antes de se deixar encantar por exemplares usados a preços atraentes, especialmente, se pretende usar o carro com muita frequência.
Espaço interno
Com 2,57m de entre-eixos, o Jetta G5 não é nenhuma referência em espaço interno e pode decepcionar a quem procura um sedan tendo esse tópico como prioridade.
Em contrapartida, o porta-malas de 527 litros é muito bom e traz um mimo raríssimo: dobradiças pantográficas que não afetam o compartimento de bagagem – mas que também são mais caras e difíceis de achar em caso de problemas devido a sua raridade.
Mercado de usados
O Jetta G5 nos lembra da velha e desagradável época em que a Volkswagen “entupia” seus carros com opcionais variados. Encontrar um modelo com tudo que te agrade pode ser uma tarefa chata e, além disso, não é difícil encontrar exemplares surrados e/ou com problemas típicos como o forro do teto parcialmente descolado, faróis com lentes amareladas e coisas afins.
Faça uma inspeção minuciosa antes da compra e, caso detecte algo fora dos conformes, não pense duas vezes antes de negociar um desconto no preço final.
Outros concorrentes
- Ford Focus;
- Citroën C4 Pallas;
- Fiat Linea;
- Peugeot 307 Sedan.