O Mitsubishi Pajero Full G4 chegou ao Brasil em 2007, apenas alguns meses após a sua estreia no mercado estrangeiro. Essa geração ficou marcada por ter sido a que permaneceu mais tempo à venda no mercado.
O sobrenome ‘Full’ serve para diferenciá-lo das outras variantes do Pajero, comercializadas com os sobrenomes Sport e Dakar, que contam com um design mais despojado e preços mais em conta.
Seguindo um estilo tradicionalmente quadrado, o Mitsubishi Pajero Full G4 se posicionava como o carro mais caro da Mitsubishi no Brasil. E , desta vez, vamos conhecer mais um pouco sobre o modelo, além de seus detalhes técnicos e seus pontos positivos e negativos, em mais uma avaliação em parceria com o canal Volta Rápida.
Consulte o histórico do veículo e fuja de problemas!
Mesmo tendo sido lançado mais de 20 anos depois da primeira geração, o Mitsubishi Pajero Full G4 se manteve fiel ao estilo ‘quadradão’, que acompanhou o SUV de grande porte ao longo de todos os seus anos de existência.
A dianteira conta com grandes faróis quadrados e chanfrados nas quinas inferiores externas, conectados pela grade central, com máscara cromada e projetor para luz baixa em todas as versões.
De lado, os para-lamas bem demarcados dão volume ao utilitário japonês, sendo interligados pela porção inferior pronunciada das portas e para-choque traseiro.
Na traseira, a tampa do porta-malas se abre horizontalmente e traz o estepe pendurado à frente do vidro, protegido por um acabamento na mesma cor da carroceria, que também abriga a placa de identificação do veículo.
O Pajero Full de quarta geração utiliza um tipo de construção muito incomum no mercado. Ele mescla o tradicional chassi por longarinas com a carroceria do tipo monobloco, integrando um ao outro para melhorar o aproveitamento do espaço interno, sem perder a robustez e a pegada utilitária.
Ele chegou ao Brasil com duas opções de motores, o 3.2 e o 3.8. Começamos pelo 3.2 turbodiesel de quatro cilindros em linha, que gera até 200 cv de potência e 44,7 kgfm de torque máximo.
Enquanto o 3.8 aspirado é movido a gasolina e tem seis cilindros em V, que produz até 250 cv de potência e 33,6 kgfm de torque.
Tanto o motor 3.2 como o 3.8 formam um conjunto mecânico com uma transmissão automática de cinco marchas e tração integral seletiva, do tipo 4WD, com quatro modos de uso e opção de tração reduzida.
Apesar da troca de geração, a Mitsubishi seguiu um caminho mais conservador na cabine do Pajero Full G4, promovendo uma evolução no desenho, ao invés de uma revolução.
Um bom exemplo é o cluster de instrumentos, que abandonou os quatro pequenos mostradores analógicos centrais em prol de um display digital, que reúne as mesmas informações de antes, mas em um formato mais atual e condizente com o preço do veículo.
Os dois grandes marcadores analógicos de velocidade e rotações do motor continuam presentes, mas com um visual melhorado que facilita a leitura em qualquer hora do dia.
Já o grande console central, veio com um display de topo mais completo e trocou os apliques que imitavam madeira por um acabamento preto tradicional.
O Mitsubishi Pajero Full G4 também foi o mais equipado de todos, inaugurando itens que o utilitário nunca recebeu antes no mercado brasileiro.
O Pajero Full fez fama por sua capacidade de encarar qualquer terreno ou obstáculo sem problemas. Esse, inclusive, é um dos principais motivos do modelo de quarta geração ter sido vendido unicamente com tração integral seletiva.
Se você pensa em fugir do asfalto de vez em quando, poucos carros são tão indicados para isso quanto o Pajero Full.
Enquanto a maioria dos veículos de sete lugares acomoda apenas crianças nos assentos da terceira fila, o Mitsubishi Pajero Full G4 consegue levar adultos com relativo conforto.
É evidente que a terceira fila não é tão boa quanto as outras, mas ainda é melhor do que na grande maioria dos carros que se propõem a levar sete passageiros.
É verdade que o Pajero Full se despediu definitivamente do mercado global em 2021, mas o fato de ter ficado tanto tempo em linha, aliado ao grande número de fãs, faz dele uma boa compra e um carro tranquilo de ser negociado até os dias de hoje, seja para comprar ou para vender.
A maioria dos clientes que procuram um veículo com tração integral, seja seletiva ou não, não costuma se preocupar com economia de combustível, mas esse é um tópico que pode castigar o bolso dos donos de Pajero Full.
Principalmente se o motor for movido a gasolina e se o uso maior for dentro da cidade. Pense bem antes de comprar, pois ele pode facilmente fazer de você um amigo do dono do posto de gasolina mais próximo.
Sendo um veículo voltado também para rodar foda da estrada, muitos Pajero Full foram castigados em terrenos acidentados e, atualmente, se encontram à venda no mercado de usados repletos de ‘maquiagem’.
Faça uma inspeção minuciosa antes de fechar negócio para não levar uma possível bomba para casa, principalmente porque o preço das peças não é nada barato.
O Pajero Full é um carro enorme e seu interior é repleto de peças plásticas que não encontram dificuldade alguma ao incomodar os proprietários com ruídos de diversos tipos, vindos de todos os lugares.
Muitas vezes, isso também se deve ao uso severo do veículo, o que promove torções na carroceria e submete as peças a um estresse alto.
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