A Mitsubishi L200 G4 foi lançada no Brasil em 2007, três anos depois da estreia no mercado estrangeiro. Ela chegou em versão única e com um outro ‘sobrenome’ para se diferenciar da terceira geração que continuaria sendo vendida sob os nomes Sport, Outdoor e Savanna, versões que também chegaram à quarta geração com o passar do tempo.
Mais conhecida pelo nome ‘L200 Triton’, a quarta geração também foi uma das mais vendidas da picape japonesa e marcou a revolução em sua linha, passando de um carro mais rústico e utilitário para um modelo mais urbano e refinado, mas sem perder a pegada utilitária.
A Mitsubishi L200 G4 é alvo de mais uma avaliação em parceria com o canal Volta Rápida. Saiba mais sobre os detalhes do veículo e seus principais pontos fortes e fracos.
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Com a quarta geração do L200, a Mitsubishi rompeu completamente com o passado da picape, trazendo uma nova abordagem que já se evidencia através do design externo renovado.
A dianteira, por exemplo, abandonou os faróis separados de bloco redondo e máscara decorativa por uma peça única, integrada ao restante da carroceria, conectada pela grade central e que trazia as setas incorporadas nas laterais.
Isso deixou o antigo espaço na parte baixa do para-choque para os úteis faróis auxiliares de neblina, um recurso muito procurado pelo consumidor brasileiro e que não existia na terceira geração.
Continuando na dianteira, o para-choque de linhas simples dá início a um arco de roda pronunciado que passa pelos para-lamas. As portas e laterais da caçamba seguem uma temática arredondada e limpa, sem vincos ou detalhes decorativos que destoem do conjunto.
Por fim, na traseira, as lanternas verticais trazem elementos óticos arredondados e o para-choque na cor da carroceria com a placa ao centro.
A Mitsubishi L200 G4 pode ser encontrada com quatro motores diferentes: o 2.4 aspirado flex, o 3.5 V6 aspirado a gasolina ou flex e, por último, o 3.2 turbodiesel de quatro cilindros.
O 2.4 gera até 142 cv de potência e 22 kgfm de torque, trabalhando unicamente com uma transmissão manual de cinco marchas e disponível somente com tração traseira (4×2). Esteve disponível apenas nos últimos anos/modelo da quarta geração.
Já o motor 3.5 V6 conta com aspiração natural e, nos primeiros modelos, trabalhava apenas com gasolina. A conversão para flex veio anos depois.
Inicialmente, ele gerava até 200 cv e 31,5 kgfm, mas passou para 205 cv e 33,5 kgfm nos modelos flex, quando abastecido com etanol. O bloco de seis cilindros em V só existe aliado a uma transmissão automática de quatro ou cinco marchas, dependendo do ano/modelo, e com tração integral seletiva.
Por fim, o 3.2 turbodiesel gera até 180 cv e 38 kgfm e conta apenas com tração integral seletiva. Ele é conta com câmbio manual de cinco marchas ou automático, com quatro ou cinco velocidades, dependendo do ano/modelo.
Por dentro, a transformação da Mitsubishi L200 G4, em relação aos anteriores, foi ainda maior, especialmente pela terceira geração ter mantido os fortes traços típicos das picapes dos anos 90, com peças excessivamente retas, acabamento de baixa qualidade e toda uma concepção mais arcaica.
O cluster de instrumentos traz quatro mostradores analógicos com um pequeno display ao centro para os odômetros parcial e total, além do indicador de marcha em uso.
O volante de três raios é multifuncional, concentrando comandos de funções variadas e trazendo a pegada em couro. Já o painel passou das linhas planas e quadradas para traços fluídos, divididos em diferentes peças que permitem ao interior vir em dois tons, tudo decorado por apliques prateados em locais variados.
Apesar da posição que ocupa dentro do portfólio da Mitsubishi e de seu preço, o L200 de quarta geração ainda não esbanjava tecnologia embarcada, embora tenha melhorado consideravelmente em relação aos modelos mais antigos.
Com o tempo e atualizações pontuais, a picape recebeu central multimídia, faróis do tipo projetor, luzes diurnas em LED e outros recursos para se atualizar mediante os rivais, mas nada muito além disso.
A Mitsubishi L200 G4 é um modelo extremamente comercial, pois é uma picape com muitos anos de mercado e que sempre se manteve bem nos rankings mensais de vendas. É um modelo fácil de comprar e fácil de vender.
Tirando o motor 2.4, o L200 equipado com os motores de seis cilindros em V ou o turbodiesel entregam um desempenho muito bom em todo tipo de piso, fazendo dela a picape ideal para quem usa muito, especialmente na estrada ou na terra.
Para muitos, a “Triton” é a geração mais bonita do L200 devido ao visual moderno de linhas arredondadas e harmoniosas. As gerações seguintes, quinta e sexta, ainda não conseguiram repetir o acerto visual tão bem quanto o da quarta geração.
Apesar de contar com a possibilidade de rodar com tração normal nas quatro rodas (sem ser a reduzida), ela não pode ser usada o tempo todo ou em qualquer velocidade, diferentemente dos sistemas presentes na maioria dos rivais e até mesmo em modelos da própria Mitsubishi como o Pajero.
Muitos proprietários não sabem disso e acabam por usar o sistema de maneira indevida, causando danos ao conjunto mecânico.
A quarta geração do L200 evoluiu muito, mas manteve antigos pontos fracos como o espaço interno limitado, principalmente para quatro adultos.
A tecnologia embarcada também foi um ponto que até melhorou na quarta geração, mas que está muito longe de agradar aos que gostam de carros recheados.
O L200 só passou a ser um modelo recomendado para quem valoriza esse tópico na quinta geração, pois a quarta não traz nada além do básico para a categoria.
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