O Hyundai Veloster G1 chegou ao Brasil no segundo semestre de 2011, embalado pelo momento altamente favorável que a marca vivia no mercado nacional naquela época.
Previsto para ser uma opção mais descolada em um país dominado por carros convencionais, o visual do Veloster até agradou a muitos.
O modelo teve apenas três anos em nosso país (de 2011 a 2014), com dois anos/modelo (2012, no ato do lançamento e 2013, já que o carro saiu de linha logo no começo de 2014).
Confira a nossa avaliação do Hyundai Veloster G1, em parceria com o canal Volta Rápida. Saiba mais sobre os detalhes desse modelo diferenciado e seus pontos fortes e fracos!
Antes de fechar negócio, consulte o histórico do veículo e saiba diversos detalhes que vão te ajudar a tomar a melhor decisão!
Desde o princípio, o maior apelo do Hyundai Veloster G1 é o design inusitado que combina características de hatchback (como a carroceria em dois volumes e a tampa inteiriça do porta-malas) e de coupé (a exemplo do caimento suave do teto até a traseira, com as colunas C deitadas).
A dianteira é marcada pela grande “boca” ao centro do para-choque e os faróis repuxados até os para-lamas, recortados pelo capô, que dão continuidade à linha externa do para-choque.
De lado, chamam atenção os para-lamas musculosos, as janelas estreitas e a marca registrada do Veloster: uma única grande porta do lado do motorista e duas portas menores do lado do passageiro, um traço presente no modelo até os dias de hoje, na segunda geração que nunca chegou ao Brasil.
Por fim, a traseira conta com escape central e um grande para-choque que contrasta com a pequena tampa do porta-malas, dividida em dois segmentos de vidro e um de chapa que se abre até a região da cabeça dos ocupantes traseiros.
Construído sobre a mesma variante da plataforma PB utilizada pelos Kia Rio e Hyundai HB20, o Veloster foi oferecido no Brasil com uma única opção de motor e transmissão: o conhecido bloco 1.6 aspirado de quatro cilindros da família Gamma presente no HB20 da época, aliado a uma caixa automática de seis velocidades.
Esse foi o principal motivo de toda a polêmica que sempre acompanhou o Veloster, pois o grupo CAOA divulgava o motor como sendo um bloco 1.6 da família GDI, dotado de injeção direta de combustível, potência máxima de 140 cv e torque de 17 kgfm. Porém, o verdadeiro motor era o 1.6 Gamma. que era mais fraco.
A mentira rende inúmeros processos contra a marca até hoje e manchou a imagem do carro no Brasil, que ficou conhecido pelo desempenho anêmico inadequado ao visual arrojado.
A Hyundai afirmava que inspirou a cabine do Veloster em motos esportivas e, por isso, o interior é repleto de vincos fortes, quinas vivas e detalhes rebuscados no desenho geral.
As saídas de ar, por exemplo, mesclam peças trapezoidais nas pontas com paralelogramos verticais ao centro, tudo decorado por detalhes prateados ou cromados que se estendem ao volante, console central e outros lugares da cabine.
O painel de instrumentos segue os moldes típicos da Hyundai da época, trazendo elementos analógicos com uma pequena tela ao centro para as funções do computador de bordo.
Há plástico rígido com porções em couro nas portas, iluminação azul para os comandos gerais e, dependendo da versão ou dos opcionais, um teto solar do tipo panorâmico que quase vai até os ocupantes traseiros.
Embora tenha sido oferecido em três versões, o Veloster sempre contou com uma boa lista de itens de série para seu preço, diferenciando-se apenas por detalhes menores nas variantes mais caras.
Já as configurações mais caras diferenciavam-se apenas pela presença do teto solar panorâmico e das rodas aro 18.
O Veloster é uma escolha quase infalível para quem quer se destacar no trânsito e chamar atenção por onde passar. Apesar dos seus dez anos de mercado e da má fama que o assombra, é difícil encontrar quem fique indiferente diante dele. Seu design envelheceu muito bem.
O fato de não ser um esportivo nato tem seu lado positivo que se mostra na hora da direção. O Hyundai Veloster G1 é um carro extremamente fácil e confortável de ser dirigido. Ele conta com uma direção leve e um conjunto de suspensão que cumpre seu papel.
Dono de uma boa lista de equipamentos, um visual legal e um preço competitivo, o Veloster é uma opção interessante de carro usado que tem forte potencial de agradar a quem quer sair da mesmice, mas não pode gastar muito em um carro com mais prestígio.
Os 1.170 kg declarados do Veloster até ajudam, mas o motor 1.6 aspirado está longe de entregar o desempenho que o visual (e o nome) do modelo sugerem, o que frustrou muitos possíveis compradores.
É um motor que brilha no corpo compacto do HB20, mas que se mostra apenas “ok” na carroceria mais robusta do Veloster. Ele consegue fazer tudo que é necessário na direção, mas não espere nada além disso.
As janelas estreitas do Veloster não colaboram com a visibilidade de dentro do carro e, para piorar, as largas colunas C inclinadas dificultam a vida de qualquer motorista no dia a dia, principalmente na hora de estacionar.
Há sensores de ré e câmera para tentar ajudar, mas eles simplesmente não conseguem fazer o motorista esquecer desse tópico tão imprescindível em tempos em que cada vez mais motos e bicicletas se misturam entre os carros no trânsito caótico das grandes metrópoles.
O Veloster não é um carro fácil de ser comercializado. Além da má fama, o fato de ter durado apenas três anos e ter vindo somente por importação podem complicar bastante o ato da venda ou da compra.
É claro que pode haver boas surpresas, especialmente por se tratar de um tipo de carro raro no Brasil e sempre há um ou dois compradores atrás desse tipo de veículo, mas não fique esperando por eles se não quiser se frustrar.
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