A Ford Ranger G4 chegou ao mercado brasileiro no primeiro semestre de 2012, já como ano/modelo 2013, marcando a primeira renovação completa da picape média, após muitos anos de reestilizações e atualizações de menor porte baseadas na terceira geração.
Desenvolvida pela divisão australiana da marca, a quarta geração globalizou a picape em definitivo, acabando com as derivações especificamente feitas para alguns mercados e se tornando a versão mais bem-sucedida do utilitário.
Nessa avaliação em parceria com o canal Volta Rápida, vamos conhecer a Ford Ranger G4 em detalhes e observar seus principais pontos fortes e fracos.
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Todo o processo de desenvolvimento da picape foi de responsabilidade da Ford Australia, inclusive o design.
Nesse momento, além de um veículo de trabalho, as picapes médias também passaram a ser mais vistas como carros para a família e o uso diário, o que foi um dos norteadores de toda essa mudança.
A dianteira traz grandes faróis trapezoidais de refletor único bifocal, interligados pela grade central que, assim como os faróis, pode ter seu acabamento em preto fosco ou cromado.
O para-choque frontal traz a seção dianteira destacada do restante, abrigando os faróis de neblina nas extremidades e uma imitação de skid plate na porção inferior central.
De lado, a picape traz linhas discretas, com para-lamas bem demarcados e, por fim, a traseira traz lanternas verticais que invadem as laterais, para-choque destacado da caçamba e o nome RANGER em toda a extensão horizontal da tampa do compartimento.
Os faróis ficaram mais estreitos e passaram a ser por refletor duplo ou projetor de dupla ação, junto de uma grade redesenhada e um para-choque mais elegante. Laterais e traseira não sofreram mudanças.
A Ford Ranger G4 estreou a plataforma conhecida como T6, uma base que é compartilhada com outros modelos como a picape BT-50 da Mazda, o fora-de-estrada T4 da Troller e o SUV Everest derivado da própria Ranger.
O 2.5 gera até 175 cv de potência e 25 kgfm de torque e trabalha unicamente associado a uma transmissão manual de cinco marchas, sendo que a tração é sempre traseira.
Já os 2.2 e 3.2 podem receber câmbio manual ou automático, ambos de seis marchas, e tração integral seletiva, sendo que o 2.2 também conta com tração apenas traseira.
O 3.2 de cinco cilindros é o motor mais forte disponível, gerando até 200 cv e 47,9 kgfm, enquanto o 2.2 de quatro cilindros entrega modestos 160 cv e 39,3 kgfm de potência e torque máximos.
Focada no propósito de unir características de um carro de trabalho e um modelo familiar de passeio, o interior da Ranger de quarta geração também marcou uma transformação completa em comparação com as anteriores.
O painel de instrumentos pode trazer um layout mais tradicional, com quatro mostradores analógicos com uma tela de computador de bordo ao centro, ou uma configuração mais moderna com um mostrador analógico ao centro e duas telas multifuncionais justapostas – é o mesmo componente presente nos finados Fusion e Edge, através do qual o motorista pode configurar diversos parâmetros do veículo.
No mais, a cabine mescla características de um sedan, por exemplo, sem perder a personalidade de picape graças ao largo console central, o volante avantajado e a grande moldura ao centro do painel que abriga os controles de ar-condicionado, central multimídia, entre outros.
Com tantas diferenças em todos os aspectos, o quesito tecnologia não podia ficar de fora e, de fato, a fabricante não esqueceu dele.
Com o tempo, a picape foi se modernizando e trouxe itens que ainda são raros ou inexistentes nos rivais.
Tanto o 2.2 quanto o 3.2 são motores de boa fama no mercado. Entregam desempenho satisfatório, bons níveis de consumo de combustível e confiabilidade comprovada.
A Ford Ranger G4 foi uma das primeiras a puxar para cima a régua do nível de tecnologia embarcada nas picapes médias do Brasil, se mostrando uma das melhores opções para quem não abre mão de ter um utilitário, mas também gosta de equipamentos e mimos ao volante.
Há dez anos, a Ford Ranger G4 desembarcou no Brasil. É muito tempo para uma única geração de qualquer veículo, mas a Ford fez questão de manter seu produto atualizado e em concordância com o mercado. É uma picape boa de negócio, seja para comprar ou para vender.
De modo geral, as picapes médias com motores flex não deram certo no Brasil e a situação não é diferente com a Ranger. Embora o motor 2.5 não seja necessariamente ruim, ele simplesmente não entrega o desempenho e a economia de combustível que os blocos a diesel entregam.
Embora seja uma picape bem equipada, a Ford promoveu alguns cortes de custo que incomodam e/ou comprometem o uso do utilitário.
São pouquíssimas as versões que trazem itens básicos como protetor de caçamba ou capota marítima, obrigando o proprietário a comprar tais itens por fora, gastando ainda mais em um modelo que já não é dos mais baratos.
Também houve perdas nas listas de equipamentos de várias versões ao longo dos anos, exigindo que o consumidor fique bastante atento no ato da compra se aquele carro em questão traz o tal item que ele procura.
As picapes médias se tornaram praticamente grandes para o padrão brasileiro, o que faz delas veículos inconvenientes para o uso urbano.
Com seus mais de 5,30m de comprimento e 1,80m de altura, a Ranger é um “pequeno titã” que se sente mais à vontade na estrada ou no campo do que em uma grande metrópole.
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