Veja a avaliação completa que nós fizemos sobre o Fiat Pulse Drive e conheça os principais pontos fortes e fracos desse modelo!
O Fiat Pulse é um inédito SUV compacto da fabricante italiana, que está no mercado automotivo com algumas variações para atingir diversos tipos de clientes.
O hábito das marcas de carros desenvolverem uma grande quantidade de variações de um modelo de veículo é algo muito antigo.
Cada um chega com uma proposta bem definida e, geralmente, a intenção é atrair novos clientes ou estimular os atuais a fazer um upgrade para um produto mais sofisticado.
O Fiat Pulse Drive está disponível em três configurações, com duas opções de motor e transmissão.
A mais barata utiliza o conhecido motor 1.3 aspirado aliado a uma caixa manual de cinco marchas, transformando o modelo em um dos pouquíssimos SUVs compactos do Brasil que ainda oferecem esse tipo de transmissão.
E a mais cara conta com o novo 1.0 turbo que equipa as versões Audace e Impetus, trabalhando unicamente com a nova transmissão automática do tipo CVT.
A transmissão automática veio para substituir a malfadada Dualogic/GSR e é inédita nos modelos da Fiat, mas já é conhecida do brasileiro por equipar carros como o Toyota Yaris.
O trabalho em conjunto desse tipo de câmbio com o motor 1.3 já está presente na picape Strada nas versões Volcano e Ranch, mas também chegará ao Argo e Cronos ainda em 2022.
O motor da versão avaliada do Fiat Pulse Drive é o conhecido 1.3 flex da família Firefly, com aspiração natural e quatro cilindros. Ele gera até 107 cv de potência e 13,7 kgfm torque máximo, quando é abastecido com etanol.
Esse propulsor passou por algumas mudanças para se adequar às novas normas de emissões do Proconve, o que reduziu a potência e torque máximos em 2 cv e 0,4 kgfm.
Já a transmissão é fabricada pela japonesa Aisin, mesma empresa responsável pela caixa automática convencional de seis marchas que equipa os carros mais caros da Stellantis no Brasil. Ela fez sua estreia no Pulse para se estender aos outros modelos da Fiat com o passar do tempo.
São sete marchas no modo manual, com possibilidade de trocas na alavanca, além do modo Sport que mantém o giro do motor mais elevado por padrão, melhorando as acelerações e respostas do carro.
O mais interessante da versão Drive do Fiat Pulse é que, apesar de ser uma variante de entrada, sua lista de equipamentos contempla alguns recursos presentes no modelo top de linha e que estão ausentes até mesmo de rivais diretos mais caros.
A marca também cobra a mais por qualquer cor que não seja o ‘Preto Vulcano’. A unidade que avaliamos, por exemplo, é da cor ‘Vermelho Montecarlo’. Essa pintura custa R$ 983.
Rodamos cerca de 400 km ao volante do Pulse Drive 1.3 e a melhor parte desse contato, sem dúvidas, foi presenciar o comportamento mais calmo do motor aspirado.
O 1.3 é bem mais amigável e gostoso de dirigir no uso diário, diferente do 1.0 turbo, que é um tanto ‘nervoso’ no dia a dia, parecendo que o carro está o tempo inteiro no modo Sport.
Com seu torque máximo se manifestando apenas a altos 4.000 rpm, o pequeno motor Firefly precisa ser literalmente esticado mediante qualquer situação que demande mais força.
No uso cotidiano, o motor mal passa dos 1.500 rpm, mostrando a predileção do câmbio pelos trajetos urbanos, mas basta o motorista pisar com mais força ou apertar o botão Sport no volante para rapidamente mudar esse cenário.
A propósito, essa é a prática mais indicada, uma vez que as trocas manuais na alavanca se mostraram irritantemente lentas.
Rodando apenas com gasolina em percurso misto, nossa média geral foi de 17,2 km/l e teria sido ainda melhor se a ocasião do teste não nos obrigasse a colocar o carro em condições de maior velocidade e peso a bordo.
Dependendo do seu uso, sendo mais rodoviário e com poucos passageiros a bordo, o Pulse Drive 1.3 consegue ser extremamente econômico.
As rodas aro 16 usam pneus 195/60, mais finos e mais altos que os 205/50 dos aros 17 da versão Impetus.
Isso permite ao Pulse Drive encarar melhor os eternos defeitos do asfalto brasileiro, mas afeta o comportamento dinâmico. Não chega a incomodar em curvas, mas não tem a desenvoltura e firmeza do Volkswagen Nivus, por exemplo.
Não dá para sentir falta de muita coisa na versão Drive. Com exceção do tecido, os bancos são os mesmos das demais versões e continuam acomodando com decência, assim como as luzes internas de cortesia em LED e demais recursos.
O que realmente faz falta é o ajuste de altura do facho dos faróis e as saídas traseiras de ar-condicionado, mas a Fiat ainda tem tempo de corrigir isso com a futura linha 2023 que chegará ainda esse ano.
As portas são inteiramente em plástico, sem qualquer porção mínima de tecido, e alguns detalhes do restante da cabine que são prateados nas versões mais caras, aqui são pretos, reforçando a sensação de ‘configuração de entrada’ que não combina com os mais de R$ 100 mil pedidos pela tabela.
A segurança é uma incógnita, mas o Pulse precisa se sair melhor do que o Argo (modelo que o originou, vale lembrar) e suas zero estrelas na última bateria de testes de colisão realizada pelo Latin NCAP.
A boa lista de equipamentos aliada ao baixo consumo e ao conforto no uso diário são fortes argumentos que têm conquistado o público e que já colocaram o novato entre os mais vendidos da categoria.
Nenhum dos pontos fracos até agora se mostrou necessariamente grave a ponto de a compra não ser recomendada, embora, todos eles mereçam atenção por parte da Fiat.
Saiba mais sobre o Fiat Pulse Drive! Assista ao vídeo abaixo preparado pelo Canal Volta Rápida:
Volkswagen Nivus
Nissan Kicks
Hyundai Creta Action