O Fiat Cronos é um sedan compacto derivado do Argo, lançado no mercado brasileiro no primeiro semestre de 2018, cerca de um ano após a apresentação do hatch que o originou.
Alvo da nossa avaliação em parceria com o canal Volta Rápida, o Fiat Cronos oferece um mix de versões mais restrito, sem as mesmas configurações mecânicas ou derivações visuais disponíveis para o Argo.
Neste artigo, vamos conhecê-lo em detalhes, abordando seus principais pontos fortes e fracos.
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O Cronos foi o último produto do que se conhece como ‘primeira fase’ do ciclo de renovação da Fiat no mercado brasileiro.
O objetivo maior desse ciclo é melhorar a percepção do consumidor sobre a montadora, por isso, o Fiat Cronos chegou com um aspecto geral exclusivo e bem mais nobre do que qualquer sedan compacto do Brasil.
A dianteira do Fiat Cronos é diferente, trazendo grade e para-choque únicos dele, com detalhes horizontais e um novo recorte discreto na ponta do capô.
De lado, a partir da coluna B, ele se diferencia do Argo pela linha de cintura mais plana, o teto mais fluído e a coluna C que se conecta com harmonia ao porta-malas pronunciado.
Por fim, a traseira conta com lanternas horizontais que trazem luzes de posição e freio em LED para todas as versões (um capricho inexistente no hatch), e a placa localizada na tampa do compartimento.
Compartilhando a plataforma MPS com o Argo, o Cronos pode ser encontrado com motor 1.3 aspirado de quatro cilindros da família Firefly, nas versões mais baratas ou, para as mais caras, o 1.8 também aspirado de quatro cilindros da família E.torQ.
Enquanto o 1.3 pode gerar até 109 cv de potência e 14,2 kgfm de torque máximo, o 1.8 produz até 139 cv e 19,3 kgfm. Vale lembrar que nós sempre divulgamos os números obtidos com etanol. Diferentemente do Argo, o Cronos nunca teve nenhuma versão equipada com motor 1.0.
Falando de transmissão, ambos os motores podem ser encontrados com duas opções de caixa: a manual de cinco velocidades ou, no caso do 1.3, a automatizada GSR/Dualogic de embreagem única e cinco velocidades.
A versão 1.8 conta com uma opção de caixa automática convencional de seis marchas. Por padrão, todas as versões do Cronos trazem freios a disco somente na dianteira e suspensão traseira por eixo de torção.
Se por fora o Cronos consegue se distanciar do Argo e até apresentar um certo requinte a mais, a situação é bem diferente quando se analisa o interior do sedan.
Isso porque a diferença de 37cm a mais em relação ao hatch vai unicamente para o porta-malas, pois o entre-eixos do Cronos é exatamente o mesmo do Argo, ou seja, 2,52 m. Já o porta-malas do sedan é de 525 litros, contra 300 litros do hatch.
O acabamento é o mesmo do Argo, o que significa que o plástico é predominante em todos os lugares: painel, forros de porta e console central, por exemplo, sem trazer quaisquer porções em tecido, fora os bancos.
Para tentar amenizar a situação, a Fiat fez uma mescla de materiais com diferentes aspectos, usando de detalhes cromados e alternando entre peças brilhantes ou foscas, para diversificar o ambiente e melhorar a sensação de qualidade.
O cluster de instrumentos traz dois grandes mostradores analógicos com a tela do computador de bordo ao centro e marcadores de temperatura do arrefecimento e combustível do tipo digital.
No console central, destacam-se a tela da central multimídia do tipo flutuante e os três difusores redondos de ar, um elemento vindo de modelos premium. A ergonomia é agradável graças ao volante de boa pegada e os bancos que acomodam corretamente.
Além da cabine, outro ponto no qual o Cronos é idêntico ao Argo é na lista de equipamentos.
Embora o sedan tenha uma oferta menor de versões, os itens oferecidos em cada configuração são os mesmos presentes nas variantes equivalentes do hatch, fora algumas pequenas exceções relacionadas aos anos/modelo ou aos opcionais referentes a cada configuração.
O Cronos é, facilmente, um dos sedans compactos mais harmoniosos visualmente do mercado atual. Ele consegue se distinguir do Argo e entregar a elegância extra que esse tipo de carroceria pede.
O Cronos desfruta do mesmo bom acerto de suspensão do Argo, mas ainda melhor por conta das alterações que a marca promoveu para deixá-lo com o rodar mais adequado ao comprimento e peso maiores.
O motor 1.3 Firefly é reconhecido pelo excelente nível de consumo de combustível, fazendo bonito em todos os carros nos quais é equipado, inclusive no Cronos. O 1.8 não é tão econômico quanto, mas consegue entregar bons níveis se for corretamente conduzido.
Quem procura um sedan precisa de espaço interno e esse não é o forte do Cronos. Apesar de confortável, seu entre-eixos tem o mesmo tamanho que o do Argo, dificultando a vida caso você precise transportar quatro adultos altos no veículo.
Outra característica ruim que o Cronos compartilha com o Argo é o excesso de pacotes opcionais. Para piorar, alguns pacotes são extensos e trazem itens que poderiam vir de série, obrigando o cliente a procurar por um carro bem mais caro por causa de uma série de equipamentos que nem irá usar, tudo porque queria apenas um ou dois itens específicos.
Já falamos várias vezes, mas nunca é demais lembrar. Embora a Fiat tenha trocado de nome, o GSR nada mais é do que o famoso e malfadado Dualogic, conhecido pelo seu comportamento aquém do esperado e a manutenção cara. Evite-o. Se faz questão de um Cronos automático, não há escolha a não ser o 1.8 com a caixa automática de seis marchas.
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