Conheça os detalhes do Ford EcoSport G2 e saiba quais são os principais pontos fortes e fracos desse modelo.
A segunda geração do Ford EcoSport foi lançada no mercado brasileiro logo no começo de 2012, mas já como ano/modelo 2013. Essa geração foi importantíssima para a história tanto da Ford quanto do próprio EcoSport por ter sido a responsável pela globalização do modelo.
Aos que não sabem, o EcoSport foi o primeiro SUV compacto desenvolvido e fabricado no Brasil e por uma marca generalista, sem o apelo das premium que comercializavam apenas modelos importados bem mais caros.
A ideia do EcoSport original deu tão certo que a segunda geração foi pensada não só para o mercado latino, mas também para os norte-americanos e europeus. Chegou a ser um dos produtos mais vendidos da montadora em solo nacional, entretanto, com o encerramento de suas atividades fabris por aqui, o EcoSport se despediu junto de outros sucessos como o Ka e o Fiesta.
Assim você evita prejuízos financeiros e problemas na hora da transferência.
Assim como outros produtos Ford da época, o EcoSport G2 seguiu a linha Kinetic de design e o modelo de produção sofreu pouquíssimas alterações diante do conceito. Apesar disso, trouxe mudanças drásticas de estilo diante da primeira geração, todas pensadas para deixar o carro mais refinado e comercial – principalmente pelo fato de que, a partir daqui, tratava-se de um produto global.
Antes um SUV de estilo quadrado e excessivamente conservador, o EcoSport G2 reforçou a ideia de esportividade no exterior, requinte no interior e ganhou um ar mais arrojado graças às linhas diagonais, aos recortes bem demarcados e aos novos elementos visuais.
A dianteira recebeu finos faróis horizontais com guia de LED nas luzes de posição, algo ainda incomum, mesmo em modelos premium, e uma grade central avantajada que deixou o design agressivo.
Na lateral, a antiga linha plana de cintura passou a ser ascendente, acompanhando o novo recorte das janelas que “puxa” o desenho todo para cima e só volta a crescer após a coluna C onde há uma pequena vigia que se conecta com o vidro do porta-malas. Falando nele, a parte traseira manteve o estepe pendurado na tampa após consultas feitas pela própria Ford com clientes em clínicas de design, mas uma novidade interessante chama atenção: as novas lanternas horizontais invadem o porta-malas, sendo que a da direita esconde o botão de abrir a tampa do compartimento em um segredo embutido no acabamento cromado da lanterna.
O Ford EcoSport G2 é montado sobre a mesma plataforma do Fiesta de sexta geração global (quarta no Brasil): a B2E, também chamada apenas de B global. Ela chegou ao mercado com duas opções de motores aspirados Flex: o 1.6 Sigma e o 2.0 Duratec.
Começando pelo primeiro, ele veio para substituir o Zetec Rocam nas versões mais baratas e pode gerar até 115 cv e 15,9 kgfm de potência e torque máximos com etanol, números um pouco melhores que os do motor que saía de cena, mas que se manifestavam com mais suavidade e eficiência. Já o segundo motor é o conhecido Duratec disponível desde o primeiro EcoSport, capaz de gerar até 147 cv e 19,7 kgfm quando abastecido com etanol.
Na primeira fase da segunda geração, a única transmissão disponível era a manual de cinco marchas, mas algumas mudanças aconteceram ao longo de sua trajetória. Poucos anos após o lançamento, tanto o 2.0 quanto o 1.6 ganharam a opção da malfadada transmissão Powershift, uma caixa automatizada de dupla embreagem e seis marchas que ficou famosa pelos inúmeros problemas em modelos Ford de todo o planeta, sendo substituída anos depois por uma transmissão automática convencional, também de seis marchas.
A oferta de motores também mudou: o 1.6 foi substituído por um novo 1.5 da família Dragon, aspirado Flex de três cilindros e capaz de gerar até 137 cv e 16,2 kgfm. Já o Duratec passou por atualizações para render até 176 cv e 22,5 kgfm, sendo que pode ser encontrado também com transmissão manual de seis velocidades e tração integral seletiva, do tipo 4WD.
Não é só na plataforma que o EcoSport G2 possui ligação com o Fiesta Mk VI. Internamente, ambos os modelos são praticamente idênticos, diferenciando-se apenas por elementos mínimos, que só os detalhistas poderão perceber. Para alguns, isso pode ser motivo para um incômodo déjà-vu ou, para os mais atentos, comemorações justas, pois é válido lembrar que o interior do primeiro EcoSport também era praticamente o mesmo do Fiesta, mas da geração mais antiga (e muito mais simples) cuja produção foi “esticada” para conviver simultaneamente com a mais nova no Brasil. Diante da antiga, a nova cabine melhorou em todos os aspectos: acabamento, requinte, mix de materiais, tecnologia embarcada, acomodações, visual e segurança.
Do New Fiesta vieram o painel de instrumentos com dois grandes mostradores analógicos e um menor ao centro, o volante de três raios e um grande “miolo” trapezoidal que, dependendo da versão, podia trazer comandos de rádio e telefonia, controles do rádio ou central multimídia, comandos do ar-condicionado.
As diferenças estão em detalhes como, por exemplo, os difusores de ar-condicionado (que são verticais e maiores no EcoSport G2), na mescla de tons claros e escuros para parte das portas e bancos (que também podiam ser em couro) e na maior quantidade de porta-objetos espalhados pelo interior do pequeno utilitário.
Enquanto a primeira geração do EcoSport trazia apenas o básico para um carro de seu preço, a segunda geração deu um salto em tecnologia e passou a ser um dos carros mais agressivos do segmento nesse sentido. Desde a primeira fase do modelo Mk II, a versão de entrada já trazia itens como:
A lista já era boa, mas melhorou mais ainda com o facelift introduzido em 2018. A dianteira e a cabine passaram por uma ligeira repaginada, mas o nível de tecnologia embarcada subiu e trouxe mais equipamentos inéditos na gama do SUV compacto.
o EcoSport G2 foi um dos SUVs compactos mais equipados do mercado. Quem valoriza uma lista de itens de série recheada pode considerar a compra de um.
Além de ter sido o primeiro SUV compacto fabricado no Brasil, o EcoSport sempre vendeu bem e a segunda geração manteve esse ritmo. Apesar de ter saído de linha, continua sendo um carro relativamente fácil de se negociar no mercado de usados.
A evolução do EcoSport Mk II diante do primeiro modelo é muito clara de todos os pontos, principalmente no visual externo. Mesmo já tendo quase dez anos de mercado, ele ainda passa a ideia de modernidade e consegue agradar diante da concorrência diversificada.
Evite os EcoSport equipados com câmbio Powershift a todo custo. A transmissão ficou mal-vista no mercado devido aos inúmeros casos de problemas de todos os tipos e graus de seriedade, o que faz com que os carros equipados com ela sejam rejeitados pela grande maioria dos compradores – sejam clientes finais ou até mesmo lojas/revendas de carros. Foram poucos os sortudos que nunca tiveram problemas com a caixa, então não vale a pena arriscar. Leve os manuais ou gaste um pouco mais em um pós-facelift, que já vem com a caixa automática tradicional.
Sendo montado sobre a base do Fiesta, que já é um carro apertado, não se pode esperar algo diferente do EcoSport. O modelo parece ter diminuído diante do antecessor, impossibilitando-o de ser o carro principal da casa de famílias mais numerosas ou de pessoas mais altas. Leve-o caso sejam dois adultos com filhos pequenos, ou uma família de pessoas de menor estatura.
Além dos custos de manutenção não serem exatamente baixos, o EcoSport Mk II não tem boa fama quando o assunto é consumo de combustível, principalmente se equipado com o motor 2.0.
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